PREPARO ADEQUADO PARA A EXPOSIÇÃO NACIONAL DA RAÇA! | REVISTA RAÇA MARCHADOR

PREPARO ADEQUADO PARA A EXPOSIÇÃO NACIONAL DA RAÇA!

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PREPARO ADEQUADO PARA A EXPOSIÇÃO NACIONAL DA RAÇA!

PREPARO ADEQUADO PARA A EXPOSIÇÃO NACIONAL DA RAÇA!

Com a chegada da Nacional do Mangalarga Marchador as equipes dos haras iniciam uma corrida para que tudo saia dentro do esperado. Isto envolve esforço mútuo e muita dedicação.

Este preparo não pode começar apenas meses antes da competição, tem que haver um pensamento estratégico a longo prazo com animais selecionados, bem avaliados, acompanhados e treinados.

Para que tudo saia bem, o cavalo atleta precisa de cuidados diários que vão desde a nutrição, manutenção em ambiente saudável, cuidados sanitários, cuidados podológicos, acompanhamento veterinário e treinamento adequado para a faixa etária específica.

Neste time, o treinador é figura essencial pois é ele que conduz a “máquina”, é através dele que o veterinário tem acesso a tudo que está acontecendo com este animal, como queda de performance, claudicações e doenças.

Outra figura que não deve ser negligenciada é o tratador pois, com ele temos dados diários importantes como: se a dieta prescrita está sendo consumida adequadamente, se as fezes estão normais, se a ingestão de água está correta e se a suplementação está sendo aceita por exemplo.

Temos que entender que nesta indústria cada papel é importante, mas que o ator principal deve ser sempre o CAVALO!

Após tudo estar ajustado, animal classificado e com boa saúde para participar do torneio, devemos nos preocupar com a preparação específica para a maior competição do ano. É hora dos pequenos ajustes, tanto técnicos quanto de manejo diário, tendo como objetivo chegar o quanto melhor na Gameleira.

Pode ser necessário aqui um ajuste de peso corpóreo, uma melhora da dor muscular que ainda persiste, uma melhora na qualidade de pêlos e cascos e outros...

Em relação aos cuidados veterinários com o cavalo atleta, um a dois meses antes da nacional, costumamos revisar: saúde geral, principalmente ósseo tendínea e musculoesquelética, trabalhos complementares (tempo e adaptação), energia e atenção dos animais para o trabalho, saúde de cascos e pelos e principalmente como está o condicionamento físico do animal.

Neste momento intensificamos o que já fazemos o ano inteiro como uso de ligas de trabalho e de descanso, uso de crioterapia pós exercício, uso de pomadas calmantes e relaxantes e por vezes, diminuímos o trabalho para que ocorra um aporte energético à espera da prova.
Durante todo o ano de trabalho o acompanhamento veterinário junto ao animal é imprescindível para que as lesões sejam diagnosticadas e tratadas no primeiro momento. Isto faz com que a maioria delas não evoluam mal e o animal possa voltar o quanto antes ao treinamento.
Hoje, ao contrário de um passado não muito distante, temos a possibilidade de contar com métodos diagnósticos seguros como radiografia digital, ultrassonografia tendínea, ressonância magnética, cintilografia e outros.


Como tratamentos, temos hoje em dia uma gama de terapêuticas específicas para cada tipo de lesão e não mais apenas a famosa dupla de corticoide e ácido hialurônico que usávamos com muita frequência antigamente.

Hoje podemos contar com terapêuticas menos agressivas e que promovem não só a melhora da dor mas também a melhora da lesão, principalmente em casos de osteoartrite, lesão muito comum em nossos atletas.

A Fisioterapia também deve ser utilizada para prevenção e tratamento de lesões, modulação de resposta muscular, laserterapia, Shock wave, kinesiotaping e quiropraxia são exemplos de como especialistas desta área podem atuar.

O uso de terapias não convencionais como a Ozonioterapia também se tornou nosso grande aliado na preparação dos animais de competição.

Alguns dos benefícios da ozonioterapia são: melhora na modulação da resposta inflamatória pós exercício, aceleração da recuperação tecidual através da redução do estresse oxidativo nas células.

Agora, após esse longo período de preparo e treinamento, é chegada a hora de preparar as tralhas, a alimentação dos equinos, os materiais necessários para uso durante os dias de exposição, documentação exigida e principalmente cuidar para que o transporte até o parque seja feito da maneira mais segura e cuidadosa possível para que o risco de lesões seja reduzido até chegar ao parque!

Chegando lá, é fazer o que foi preparado em casa, com muita determinação, calma e respeito pelos animais e torcer para que tudo dê certo!

Boa Sorte a todos!

PRINCIPAIS CUIDADOS PARA PARTICIPAR DE UMA EXPOSIÇÃO NACIONAL

  • Ligar os animais (membros inferiores) para a viagem com ligas de descanso confortáveis e de boa qualidade.
     
  • Em caso de viagens longas, observar ingestão hídrica durante a viagem para que não haja desidratação.
     
  • Cuidado com o caminhão em relação a piso, posicionamento e sequência dos animais para que não haja brigas durante a viagem
     
  • Ter um médico veterinário de referência para orientar em caso de acidentes e lesões durante a viagem.
     
  • No parque, deixar o animal consumir água apenas da sua própria baia, evitando assim contaminação com doenças infecciosas.
     
  • Na hora do banho ou de soltar seu animal, evitar locais repletos é uma boa forma de evitar acidentes!
     
  • Em caso de qualquer imprevisto com seu animal, encaminhe-se para clínica veterinária oficial do Parque para que o animal possa ser devidamente atendido e medicado.