Metas bem traçadas. Após título de Melhor Expositor, Felipe Köhn Passos quer levar o Haras Sucupira ao topo como criador.

Não são poucas as coincidências que ligam Felipe Köhn Passos aos cavalos. Para começar, o próprio nome significa “aquele que ama os cavalos’, além disso Felipe nasceu no dia 16 de março, Dia Internacional do Cavalo. Os primeiros contatos, no entanto, eram nas férias escolares. “Nasci no interior de Minas, mas fui criado em São Paulo, nas férias de colégio ia para o Sul de Minas e lá tive os primeiros contatos com os animais”, lembra.

Felipe conta que o pai comprou, em 2006, o primeiro cavalo com registro na ABCCMM, chamado Duelo do Ninho da Coruja e desde, então, ele sempre acompanha a raça. “Com o passar dos anos fomos investindo em mais animais e aumentando o criatório, acabou tornando-se uma paixão de toda a família.

TRAJETÓRIA NA RAÇA

O cavalo sempre esteve em todos os momentos da sua vida porém a ideia de seguir carreira trabalhando com equinos foi amadurecida no final da Universidade. “Ao final da graduação optei por seguir aquilo que amo, e trabalhar com os cavalos.”

A primeira experiência aconteceu em uma das principais referências de criação dentro do Mangalarga Marchador, o Haras El Far, sediado em Lavras, no Sul de Minas, mesma cidade onde Felipe concluiu o curso de Agronomia. “Trabalhei por quase um ano com eles e foi um período de muito aprendizado, na primeira experiência, trabalhar em um Haras referência foi um desafio e um período de crescimento.”

MINAS COM BAHIA

A afinidade de Minas Gerais com a Bahia já virou até música. E essa boa relação conquistou Felipe também. Há quase três anos, ele gerencia um dos principais criatórios de Marcha Picada do país. A chegada ao Haras Sucupira veio por meio da amizade com Vinícius, gerente do Haras Porteira Azul, que tem como proprietário Júlio, irmão de Leandro Almeida, titular do Sucupira.

“Em conversa com Vinicius soube da oportunidade em um novo projeto, que era o Haras Sucupira” Uma conversa rápida por videoconferência, a viagem para Bahia para conhecer o projeto e martelo batido, com resultados expressivos, em pouco tempo. Após conversa com Leandro Almeida e uma viagem à Bahia para conhecer o Haras “Cheguei aqui no Haras Sucupira, em 2022, e no primeiro ano nós fizemos o Campeão dos campeões nacional, campeão dos campeões Jovem, fomos o segundo melhor Expositor Nacional.”

No ano seguinte, o Haras Sucupira foi novamente o segundo melhor Expositor Nacional, terceiro melhor Criador e fez a Grande Campeã da Raça. O criatório havia feito em 2023, a Campeã das Campeãs Brasileira e a Reservada Campeã das Campeãs Brasileira.

Em 2024, veio o título de Melhor Expositor e de segundo Melhor Criador, o Grande Campeã da Raça e o Campeão dos Campeões Jovem. “São muitos títulos nacionais ao longo desses três anos aqui no Sucupira, o que nos alegra muito.”

De acordo com Felipe, o trabalho realizado, dentro do planejamento, proporciona os resultados que têm melhorado a cada ano. “Chegar no topo é difícil, se manter é mais difícil ainda. O grande objetivo é fazer o Sucupira o melhor criador Nacional e continuar sendo o melhor expositor.”

MARCHA PICADA EM ASCENSÃO

O primeiro contato com a Marcha Picada veio através de amigo Lucas Lira. “Eu tive a oportunidade de montar em animais e acompanhá-lo em Nacionais e nas pré-temporadas, isso quando eu ainda estudava.

Felipe destaca o crescimento da Marcha Picada vivendo grandes momentos tanto em número de exposições, como em número de leilões. “Isso se dá pela qualidade dos animais, pela evolução do andamento e a tendência é evoluir”

BATIDA E PICADA CAMINHANDO JUNTAS

Quando questionado se há possibilidade de Marcha Picada e Batida seguirem rumos diferentes, Felipe Köhn é taxativo ao afirmar que a raça é uma só e os andamentos vão continuar unidos porque um precisa do outro. Ele cita, como exemplo, as exposições regionais. “Hoje você não consegue fazer uma Exposição Regional só de Marcha Batida ou só de Marcha Picada em qualquer lugar do Brasil porque está cada vez mais caro e quanto mais animais, melhores os custos dessas exposições.

São apenas gostos de criação, mas a raça é uma só e tem que continuar unida.”

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E DA EQUIPE

Na avaliação de Felipe, a conquista dos resultados de forma meteórica dentro do Haras Sucupira tem influência direta da família e, claro, dos companheiros de criatório. “Agradeço a Deus, a minha família, ao meu irmão Gabriel, que sempre me apoiou e a equipe, na pessoa do Leandro e a todos que estão comigo, nessa trajetória, são muitas pessoas que me ajudam, estão do meu lado e o sucesso do Sucupira é resultado da união de pessoas excepcionais, buscando o mesmo objetivo.