Investindo em genética de campeões e já conquistando resultados expressivos na raça
Quando se fala do criador Júnior Lucchese é unanimidade pela sua simpatia, amizade e paixão pelo marchador. Após ter assumido a Marcha Picada como principal atividade do Haras, Júnior foi dos criadores que mais investiu na raça nos últimos anos com garanhões e éguas de renome Nacional, transformando assim em apenas 10 anos a criação Lucchese num dos expoentes da Marcha Picada.
A paixão de Júnior Lucchese pelos cavalos vem de infância, acompanhando o avô materno que sempre criou cavalos. A convivência no meio dos animais alimentou o sonho de ser criador de cavalos Mangalarga Marchador. “Para mim o Mangalarga Marchador é um cavalo fascinante, uma paixão sem fronteiras”, exalta Júnior.
A concretização do sonho veio há 10 anos com o início da criação na Marcha Batida. O haras está localizado em Gravatá, no estado de Pernambuco, um grande berço da raça, repleto de grandes criatórios, celebrando a amizade em torno do cavalo, como descreve Júnior Lucchese. “Onde eu crio tem vários haras de muitos amigos, como o Henrique Arruda, Pio Guerra, Leo Damari, meu grande amigo Arthur do Passo Picado. Muita gente
criando no entorno de gravatá e investindo na raça.”
MUDANÇA DE RUMO
Júnior Lucchese lembra que os primeiros passos da criação foram na marcha batida, mas que, que virou totalmente para a marcha picada, sendo o centro das atenções e o foco do criatório.
Um desejo era ter no plantel Iraque Pontal, Bicampeão dos Campeões Nacional de Marcha. “Sempre quis ter o Iraque mesmo antes de ele se tornar bicampeão dos campeões. Sempre conversando com o Renato Fragoso, sobre sermos sócios no cavalo, e diante disto veio a oportunidade de comprar uma porcentagem de Iraque, formando assim um condomínio, que me deixou extremamente feliz”, ressalta Lucchese.
Depois do Bicampeão Iraque do Pontal, chegaram para reforçar o time de garanhões do plantel, os campeões nacionais Mussolini da Pedra Verde, Kamikaze do Passo Picado e Dominante da RSS e Ébano CS VB para agregar mais qualidade na reprodução e qualificar o plantel.
GENÉTICA DE QUALIDADE
A base do criatório, atualmente, conta com cerca de 40 éguas, entre matrizes e doadoras, com várias filhas do Elfo do Porto Azul, como explica Júnior. Animais como Nordeste aeromoça Badalada do rio forte, Gelatina da muralha de pedra , Mila do Monteiro , Mel do Pachamama, Boneca Santos da Serra entre outras.
O criador se orgulha de ter na base do plantel genética de campeões. “Eu tenho o Coronel do Lucchese, Embaixador, Escudeiro, que é um acasalamento consagrado que é de Elfo do Porto Azul x Mussolini da Pedra Verde, enfim dos melhores cavalos da raça, eu tenho uma base e aí estamos jogando em cima desta base, nossos garanhões.”
ASCENSÃO NO RANKING NACIONAL
O Haras Lucchese já se destaca no ranking nacional da raça. O segredo, segundo Júnior é investir em genética de ponta, infraestrutura, mão de obra qualificada. “Eu tenho pessoas que me ajudam muito, uma equipe muito coesa, comprometida e que facilita muito o trabalho, por isso os resultados estão sendo alcançados.”
Além da equipe de trabalho, Júnior destaca a participação da família como um fator determinante para as conquistas do Haras Lucchese. Na esposa, Simone, e nos filhos, Maria Julia e Pietro, encontra o apoio fundamental para o sucesso da criação. “A minha esposa me apoia incondicionalmente, minha filha, sempre me ajuda e o meu filho monta, participa de cavalgadas e está sempre junto comigo e gosta muito da criação.” conta orgulhoso.
EXPANSÃO DA MARCHA PICADA
Para Júnior Lucchese, os quase 40% de animais de Marcha Picada inscritos na Nacional 2024 não são novidade. Ele relata que quem investe em Marcha Picada percebe esse crescimento vertiginoso da modalidade e um mercado cada vez mais adepto e receptivo. “Vários centros grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro entre outros estados estão se abrindo à marcha picada e vai ser assim cada vez mais. “destaca Júnior.
Ele lembra que há muitos novos criadores novo com muito potencial e apostando muito o que traz a certeza de que a marcha picada vai sempre crescer. “Para quem está investindo, é a certeza de que teremos o retorno esperado. O nosso Haras, por exemplo, já se tonou autossustentável o que é uma grande felicidade ter uma atividade que é prazerosa e que se sustenta.”
O titular do Haras Lucchese, no entanto, chama a atenção para um aspecto primordial. Segundo ele, é importantíssimo trabalhar e investir para o crescimento do Mangalarga Marchador.
“Não podemos nos esquecer de que independentemente do andamento, das nossas preferências, o cavalo Mangalarga Marchador é um só”, finaliza Júnior.















